Entenda a história dos cristais e porque eles fascinam até hoje

Entenda a história dos cristais e porque eles fascinam até hoje
Estilo de Vida Entenda a história dos cristais e porque eles fascinam até hoje

Conheça a história das pedras e cristais e entenda o porquê delas terem sido importantes para civilizações antigas até a ciência moderna

Quase todo mundo tem ou já teve pedras e cristais, seja em forma de acessórios ou itens decorativos. Ou vai me dizer que nunca usou seu brinco de pérola quando pequena, ou uma pulseira com pedras de zircônio? Mesmo se você já possui algum conhecimento esotérico, não há problema algum em usar várias pedras ao mesmo tempo ou não saber seu significado ou origem. 

Mas você sabe o porquê das pedras e cristais encantarem tanto desde civilizações antigas? Entenda a história dos cristais na ciência, conheça famosas lendas do seu uso e porque elas são tão importantes em contar sobre as origens da vida na Terra.

Vida antiga

É por meio dos cristais que é possível descobrir mais sobre as origens da Terra. Ao analisar pistas com ajuda de um mineral extremamente resistente como o zircônio, cientistas conseguem revelar interações precoces entre a água e a rocha, em vários ambientes há 4,5 bilhões de anos. 

Afinal, o fragmento mais antigo encontrado na Terra é um grão de rocha azul – o cristal de zircão, mineral derivado do zircônio. Isso, porque ele é quase indestrutível e têm quase 4,4 bilhões de anos. Sim, esse minério é praticamente uma máquina do tempo e praticamente a única peça que existe para entender os estágios iniciais da formação do nosso planeta.

Pedra preciosa zircão azul. Encontrado na região de Jack Hills, na Austrália, o fragmento, que contém amostra de zircônio, é o mais antigo da crosta terrestre

Sem falar que um quatrilhão de toneladas de diamantes estão escondidos nas profundezas da Terra, mais especificamente, a 160 quilômetros de profundidade. E esse depósito de pedras preciosas é apenas uma pequena porcentagem das rochas, já que cerca de 2% das raízes cratônicas serem feitas de diamantes. Tudo isso devido a uma grande quantidade que circula sob a crosta terrestre como dióxido de carbono e minerais ricos em carbono, como grafite, calcita e diamante. E olha que essas rochas, apesar de serem caras, elas não são exatamente raras. 

Seu uso em diferentes tempos

Os minerais foram essenciais aos povos pré-históricos. Por meio de experimentações dos cristais, descobriram-se as chamadas “fraturas concoides”, propriedade do quartzo onde fizeram com que fosse possível a fabricação de armas e ferramentas para a sobrevivência, ao invés de simplesmente procurarem tais instrumentos por acaso.

Para os egípcios, primeira civilização a desenvolver o uso de cosméticos, realçavam seus olhos com pedras de malaquita e lápis-lazúli em pó. Já na crença viking, eles utilizavam a Pedra do Sol, que era, na verdade, um cristal de calcita, para navegações em dias nublados ou com nevoeiro.

maquiagem egipcia

Os antigos egípcios foram os primeiros adeptos da maquiagem. Utilizavam pedras de malaquita e lápis-lazúli em pó para acentuar os olhos

Era comum também que pedras fossem reverenciadas numa posição elevada no mundo do divino, servindo como substitutas de altares. Essa predileção dos fiéis devia pelo fato das pedras serem enormes ou graças às suas formas peculiares, já que acreditavam que foram esculpidas nas mãos da força divina. 

Assim, com o passar dos séculos, muitas qualidades começaram a ser atribuídas aos cristais. As safiras não eram somente um símbolo da glória, mas também protegia, a quem a usasse, contra a pobreza e problemas oculares, por exemplo.

Quando o Iluminismo, movimento intelectual e filosófico, passou a predominar a partir do século XVIII, as pedras começaram a perder a maioria de suas associações como amuleto de proteção e talismã. Passaram, então, a serem valorizadas apenas pelo seu valor decorativo e financeiro. 

Ciência que estuda os cristais

Os cristais estão em toda parte, literalmente. É imprescindível viver sem eles. Estão presentes no açúcar e sal de cozinha, na grafite utilizado na lapiseira ou nas mais complexas estruturas do organismo como as proteínas. 

A Cristalografia é uma área que estuda os cristais e o entendimento da sua estrutura molecular, tanto dos cristais minerais quanto dos cristais de proteína (obtidos em laboratórios), para entender suas propriedades, sua organização atômica e de inferir sobre suas características fundamentais. 

A ciência que estuda os cristais já soma 30 prêmios Nobel até o momento, envolvendo sua metodologia. No século XX, por exemplo, James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins, ganhadores do prêmio Nobel de 1962, descobriram a estrutura cristalina do DNA a partir das experiências de difração comandadas pela cientista Rosalind Franklin. 

Até que 2014, foi eleita pela Assembleia Geral das Nações Unidas, como o Ano Internacional da Cristalografia, pelo reconhecimento às contribuições desta área ao conhecimento para a compreensão da natureza e suas aplicações.

Por que elas encantam até hoje?

A variedade de cores, formas e tamanhos faz dos cristais um dos mais raros e belos espetáculos da natureza. Mas como esses minerais conseguem encantar até os dias de hoje, apesar de olharmos com certo ceticismo ou com certa curiosidade e admiração nas mais antigas crenças sobre suas propriedades? 

É só olharmos bem como a presença das pedras ditas “sagradas”, seja em tradições antigas ou contemporâneas, como a Pedra Negra do islã ou a Pedra Blarney da crença irlandesa, são reverenciadas até hoje.

castelo blarney

No topo do Castelo Blarney, na Irlanda, visitantes deitam virados para a Pedra Blarney e a beijam. Diz a lenda local que quem beijá-la recebe o dom da persuasão

Há um mercado online de bem-estar em ascensão, centralizados principalmente nas propriedades mágicas de pedras e cristais. Adeptos da cristaloterapia, acreditam que a transmissão de energia das pedras pode fazer plantas crescerem mais rápido ou que cura enxaqueca e sinusite, somente ao passar um quartzo de cristal próximo da pessoa. 

A história da humanidade é fascinada por cristais e isso vem desde a Idade das Pedras. Parece que nossa obsessão por objetos místicos não deve acabar tão cedo. Se ficou interessado em conhecer mais as propriedades das principais pedras e cristais, clique no botão abaixo.

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